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Pitty volta ao rock and roll

Pitty

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Em 2013 a baiana mais arretada da música brasileira volta ao bom e velho rock and roll! Pitty já está compondo músicas para o seu quarto trabalhado de estúdio com seus fiéis escudeiros Martin, Duda e Joe.

Depois do sucesso de “Admirável Chip Novo” (2003), o diferente “Anacrônico” (2005) e o maduro “Chiaroscuro” (2009) não esperamos nada menos do que tudo isso em seu novo disco.

O mais legal do intervalo entre o “Chiaroscuro” até hoje foi ver o amadurecimento de Pitty como musicista. Ela saiu quase que por completo do rock para lançar o excelente projeto Agridoce em que ainda contava com o guitarrista de sua banda, Martin Mendonça.

O projeto que ganhou a alcunha de “fofolk” mostrou a cantora de um jeito diferente; com letras interessantes, melodias diversas e experimentais; uma faceta que fez muita gente (preconceituosos de plantão) torcerem o nariz.

Meus destaques, falando em Agridoce, são Dançando e Romeu. Letras que definitivamente não caberiam na banda de rock de Pitty mas que se encaixaram muito bem com a proposta do duo.

Me pego pensando que gostaria de uma certa influência do Agridoce na nova empreitada roqueira de Pitty. Confesso que tenho medo do que pode dar, mas acharia no mínimo, interessante.

Sabe o que é engraçado? O último CD físico que comprei foi justamente o do Agridoce. Desde então não comprei mais nenhum. Só uma curiosidade.

Vamos esperar que o amadurecimento vindo desde “Chiaroscuro” e que passou brilhantemente pelo Agridoce apareça no novo disco de rock da Pitty. Tenho certeza que essa mudança fez muito bem a ela e certamente a quem estava a sua volta.

Agora resta torcer para que o disco novo saia ainda esse ano e que se possível, assim, só um pedido, que o Agridoce também não pare, afinal tem tanta gente aí com inúmeros projetos, enfim… Que a Pitty continue mostrando suas facetas, seja no fofolk seja no rock and roll.

Precisamos de ambos.

 
Texto escrito pelo colunista Marcelo Coleto 

Marcelo_ColetoPublicitário por vocação, jornalista por paixão. Ou ao contrário. Acha que quase tudo é uma forma de arte e se expressa melhor escrevendo do que falando. Editor do Rock Noize, colaborador da Galeria do Rock, do Mistura Urbana e do Slipknot Brasil.


Shadowside – O metal brasileiro na voz e nas mãos de uma mulher

shadowsideJá faz muito tempo estava para escrever um texto para falar sobre a Shadowside. Na verdade desde que escutei “Inner Monster Out”, último disco da banda, lançado em 2011.

Na verdade me culpo até hoje por isso mas chegou a hora de lagar a culpa para lá! Quando ouvi o álbum pensei que há muito tempo não havia algo de metal tão bom. Confesso que pensei algo como: “Combinação pefeita: disco de metal feito por uma banda brasileira e cantado por uma mulher… É o melhor que já ouvi nos últimos anos.”

“Inner Monster Out” é um disco de metal completo: ótimos riffs de guitarra, uma bateria cavalar e um baixo extremamente competente e é óbvio, a voz perfeita de Dani Nolden.

A vocalista entoa os “hinos” do álbum de extraordinária, como a ótima Angels In Worms, segunda faixa do trabalho.  Destaque também para a inusitada cover de Inútil do Ultraje a Rigor e que contou com a participação de Roger Moreira.

A bela Dani Nolden se mantém à frente da banda com maestria em suas apresentações, segura a onda e possivelmente é uma das (senão a) melhores frontwomans do metal atual.

Conheci a Shadowside em 2010 com o álbum “Dare To Dream”, lançado no ano anterior, e confesso que o que me chamou a atenção (mas não tanto) foi uma mulher no vocal. Algo que gosto muito.

Acho que o metal tem tudo a ver com a potência e ao mesmo tempo, delicadeza, da voz feminina.

Até hoje a Shadowside já tem 4 discos lançados, sendo o primeiro deles um EP em 2001 e é notável a evolução de toda a banda, que já começou bem mas que dez anos depois chega ao ápice (até agora) com “Inner Monster Out”.

Se você que está lendo isso se interessou pela banda acho muito válido que escute todos os álbuns, mas se quiser fique à vontade e vá direto para o último sem dó nem piedade. Diversão e boa música garantidas.

A Shadowside nada deve a bandas gringas de metal com mulheres à frente, nada mesmo. A prova disso é o reconhecimento do último disco e também a turnê 2013 com os ícones Helloween e Gamma Ray por toda a Europa.

Isso sem falar que o quarteto já abriu shows do Nightwish e de ninguém menos que o Iron Maiden.

Os fãs brasileiros de metal podem ficar tranquilos, estamos seguros e nossa boa fama de metaleiros continuará mundo a fora e dessa vez na voz e nas mãos de uma mulher: Dani Nolden e sua Shadowside.

Texto escrito pelo colunista Marcelo Coleto 
Marcelo_ColetoPublicitário por vocação, jornalista por paixão. Ou ao contrário. Acha que quase tudo é uma forma de arte e se expressa melhor escrevendo do que falando. Editor do Rock Noize, colaborador da Galeria do Rock, do Mistura Urbana e do Slipknot Brasil.


Por que preferimos as roqueiras?

Calma! Antes que você que não é roqueira venha descendo a lenha (e qualquer outro objeto) em mim, explico que não estou aqui falando que SÓ curto mulheres roqueiras. Mas que prefiro, prefiro.

Rock antes de visual e algumas vezes até auditivo, é atitude. É isso que gostamos nas mulheres roqueiras.

Em um mundo permeado quase que todo ele por bandas de marmanjos, um som agressivo e cheio de atitudes masculinas, elas encantam os palcos e plateias de shows por aí.

Impossível não gostar de uma Joan Jett não é mesmo? Talvez por causa dela é que hoje o rock and roll colhe os frutos. Cantam e encantam. joan jett

Não generalizando, mas tenho notado muitas “adesões” de mulheres ao rock, seja por bandas mais pesadas, seja por mais populares. Os shows, festivais e bares afora estão cheio delas.

São lindas, sabem conversar e parece que cada uma tem um estilo único. Não ficam pensando no que comprar no shopping, tão pouco qual exercício vai fazer na academia. Não que isso seja errado, mas espera aí, não é só isso.

Talvez por que eu seja um viciado em música de modo geral (puxando mais para o rock) me encanta quando converso com uma mulher e ela entende de música, de rock, ou pelo menos é interessada.

Que me desculpe a sociedade, mas tem que ter muita atitude, num mundo como o nosso, para ser roqueira. As normalmente desprezadas nas escolas se tornam mulheres lindas, inteligentes e diferentes.

Isso que é legal, o diferente! O rock and roll nos permite isso, sermos diferentes uns dos outros apenas com um ponto em comum: o estilo de música.

Não é aquela coisa “uniformizada” que vemos por aí em shoppings, bares, baladas, digamos, de gente “normal”.

Rock And Roll é isso, música, atitude, cultura, pensamento, comportamento e tudo isso nossas mulheres tem de sobra. Felizes de nós, homens que as tem ao nosso lado!

Nada contra, absolutamente nada contra as outras mulheres, mas que prefiro as roqueiras, prefiro.

Texto escrito pelo colunista Marcelo Coleto 
Marcelo_ColetoPublicitário por vocação, jornalista por paixão. Ou ao contrário. Acha que quase tudo é uma forma de arte e se expressa melhor escrevendo do que falando. Editor do Rock Noize, colaborador da Galeria do Rock, do Mistura Urbana e do Slipknot Brasil.


Rock’n’Roll Feminino

O que não falta  são ótimas bandas de rock’n’roll com mulheres no vocal ou tocando bateria, baixo e guitarra.

Pra quem acompanha nossa fan page Mulheres Roqueiras, já pode ver por lá  uma série de bandas como segue na lista abaixo. Você tem sugestões de outras bandas cujo toda a sua formação ou o vocal seja mulher, fala pra gente!

O que não falta por lá é qualquer tipo de assunto sobre metal! \m/

  • The Agonist
  • My Ruin
  • Shadowside
  • Girlie Hell
  • We Are the Fallen
  • Kittie
  • Mandrakke
  • Asrai
  • We Ride
  • Bloodlined Calligraphy
  • Guano Apes
  • 69  Chambers
  • The Distillers
  • Rita Lee
  • Pitty
  • Madame Saatan
  • Scarlet  Sins
  • No Doubt
  • Flyleaf
  • Paramore
  • Katastrophy Wife
  • Betty Blowtorch
  • 7 Year Bitch
  • Lunachicks
  • The Donnas
  • Leave’s Eyes
  • After Forever
  • Autumn
  • Delain
  • Xandria
  • Lacuna Coil
  • Within Temptation
  • Tristania
  • Bikini kill
  • Silent Cry
  • The Iron Maidens
  • Katra
  • Sister Sin
  • Eths
  • Straight Line Stitch
  • L7
  • In This Moment
  • Lee Aaron
  •  Epica
  • Tarja
  • Drain S.T.H
  • Die So Fluid
  • Evanescence
  • Lennon Murphy
  • Lunatica
  • Walls of Jericho
  • Nervosa
  • Arch Enemy
  • Otep
  • Alanis Morissette
  • Hole
  • Janis Joplin
  • Joan Jett
  • Melissa Auf der Maur
  • The Creepshow
  • The Runaways
  • Heart
  • Wanda Lavonne
  • Sirena
  • Cherri Bomb
  • Siouxsie
  • Girlschool
  • Theatre of Tragedy
  • Crucified Barbara
  • Doro
  • The Bangles
  • Debbie
  • Babes in Toyland

@patitagil


Debbie Harry


Quando falamos de rock’n’roll feminino, não podemos deixar de citar Deborah Harry, ou mais conhecida como “Debbie”. Deborah Harry foi a líder da banda Blondie formada na década de 70. Pioneira do cenário rock’n’roll feminino.

Seu álbum de estréia com a banda foi o “Blondie”, conquistando sucesso no Reino Unido. Já no  segundo disco, duas músicas conquistaram as paradas de sucesso, uma delas foi “Heart of Glass“.

Após despertar o sucesso, Deborah desenvolveu carreira solo como cantora, gravando cinco álbuns e também investiu na carreira como atriz, atuando em mais de 30 filmes.

Discografia da banda Debbie

@patitagil


Quem disse que rock é só para homens?

Pois é.. muitos anos se passaram, mas ainda existem certos tabus e preconceitos sobre mulheres que curtem rock.

  O rock and roll (conhecido como rock’n’roll) é um estilo de musicalidade que surgiu nos Estados Unidos no final dos anos 40 e início dos anos 50[1][2], com raízes em sua maioria em gêneros musicais afro-americanos, e rapidamente se espalhou para o resto do mundo. wikipédia

Rock and Roll também é muito apreciado por nós mulheres e também feito por muitas mulheres há décadas.

Quantas mulheres já não fizeram história neste cenário musical, são tantos nomes.
Façamos aqui uma pequena lista de grandes mulheres que quebraram tabus e preconceitos e com muito esforço e discriminação venceram bastalhas, consquistando respeito e prestígio.

Janes Joplin

Janis Lyn Joplin foi uma cantora e compositora norte-americana. Considerada a “Rainha do Rock and Roll”, lançou apenas 4 álbuns pois teve sua carreira interrompida pelas drogas, em 1970 foi encontrada morta por overdose de heroína.

Debbie Harry

Deborah Harry ganhou fama por ser a vocalista da banda de new wave Blondie. Após obter sucesso, também desenvolveu sua carreira solo, onde gravou cinco álbuns. Além disso atuou em mais de 30 filmes.

Joan Jett

Joan Marie Larkin, é cantora, guitarrista e baixista. Em 2033, Joan Jett foi nomeada pela Rolling Stone a 87ª melhor guitarrista de todos os tempos \m/

Girlschool


Banda de heavy metal desde 1977 no começo tiveram muito apoio do pessoal do Motörhead. Atualmente quem compõe a banda é Kim McAullife, Denise Dufort, Enid Willians e Jackie Chambers no lugar da falecida em 2007 Kelly Johnson. Já passaram pela banda: Deidre Cartwright, Gil Weston, Cris Bonacci, Jackie Bodimead. Jackie Carrera e Tracey Lamb.

The Bangles


É uma banda estado-unidense de rock composta somente por mulheres. Atualmente quem faz parte da banda são: Susanna Hoffs, Vicki Peterson e Debbi Peterson. Já fizeram parte Annette Zilinskas e Micki Steele.

Dorothee Pesch


Conhecida como Doro Pesch é uma cantora, compositora e produtora musical alemã. Foi vocalista da banda de heavy metal Warlock e uma das poucas cantoras de metal dos anos 80.

Temos também muitas mulheres que ganharam destaque tocando instrumentos em bandas compostas por rapazes, como por exemplo: Smashing Pumpkins, Coal Chamber, White Zombie.

E as bandas de Doom/Gothic onde 90% delas tem no vocal mulheres, donas de vozes líricas e angelicais. Algumas que podemos citar. Vibeke Stene (ex-vocal Tristania), Tarja Turunen (ex-vocal Nightwish), Sharon den Adel (vocal Within Temptation), Cristina Scabbia (vocal Lacuna Coil), Simone Simons (vocal Epica), Charlotte Wessels (vocal Delain) e muitas outras bandas.

Existem as mulheres com vozes extremamente nervosas e estridentes, fazendo guturais de tirar o fôlego como, Angela Gossow da banda Arch Enemy, Morgan Lander da banda Kittie e Otep Shamaya da banda Otep.

No rock nacional também não ficamos em branco, temos grandes nomes como a roqueira Rita Lee e a inesquecível Cássia Eller.

Embora muita delas  utilizem de visuais provocantes, com muita maquiagem, sensualidade com vozes angelicais, doces, agudas ou até algumas fazendo guturais, atitude não faltou em nenhuma delas.

Independente do genêro e época, temos grandes nomes no cenário do rock,  todas elas ajudaram a fazer história e mudaram a sociedade que hoje vivemos, embora ainda infelizmente exista algum tipo de preconceito e aceitação, mas estamos aqui para provar que rock and roll não tem genero e nem raça, ele sempre será imortal entre todos nós.